Mãos calientes

Um poema de Márcia Martins Diniz

O rapto de Prosérpina, de Bernini

Desejo tuas mãos quentes 

No meu corpo ,

A espera de um instante nosso, 

Prazeroso.

Tuas mãos sabem me tocar,

Vasculhar as curvas do meu corpo, 

Ensaiando amores,

Sabores,  

Fervores. 

Tua boca também é quente sabe apreciar 

Beijos,  

Beijar outros lábios, 

Outros meios. 

Tuas mãos quentes me prendem nos teus braços me faz sentir tua boca

Frente a frente aos  lábios. 

Teu olhar me lubrifica. 

de tal maneira, que só sei te olhar. 

Quero me render, tuas boas mãos já me sabem ouvir, 

Me reverenciar. 

Elas acolhem meu corpo, 

Esquenta minha alma.   

Me tocam.

Deixo tuas mãos desenharem meu corpo,

Deixo elas me assediarem  

Só elas conseguem

Me levar ao ápice, 

E me trazer ao chão.

Só elas me trazem prazer, manifesta sensação, 

Uma menção. 

Mãos que falam, mas estão vívidas, ousadas e quentes dentro de mim.  

Mãos como essas, não as perco mais. 

7 respostas em “Mãos calientes

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